She's lost control

sexta-feira, 25 de junho de 2010

E-Terno...

E ela esteve lá o tempo inteiro,

E não precisava de um corpo;

E não precisava de sua carne;

Porque a carne é só uma carcaça em constante fase de putrefação que, com toda sua dependência física nos obriga a fazer parte deste carrossel de inquisições e podridões incansavelmente chamado de “vida”.

E agora ela era pura;

E agora ela era livre.

E as lágrimas a deixam triste.

Porque ela não quer ser culpada por estar num lugar melhor agora,

E nem por ter alcançando um estado que de tão surreal chega a ser místico.

Um mistério para a vida,

Uma saudade em quem fica,

E a certeza de que, acima de qualquer fenômeno inexplicável pela sociedade, acima de qualquer sabedoria, acima de qualquer sol, de qualquer lua, ela estará por perto, sempre presente...

E... talvez não seja o momento de dizer: “descanse em paz”, porque quem descansa não vive em nenhum sentido, apenas dorme. Talvez neste momento o que ela queira e precise escutar seja um: “se perpetue em paz”, pois isso faz mais sentido para quem se foi de corpo, mas que sempre permanecerá de alma!