She's lost control

domingo, 30 de maio de 2010

E assim dizia Sade... (3)

“Tudo está na razão de nossos costumes e do clima em que vivemos. O que aqui se chama crime será virtude mais além; as virtudes dum outro hemisfério podem ser crimes aqui. Não há horror que não possa ser divinizado, nem virtude que não possa ser impugnada”

Monalisa quem?


Ah se fosse só Monalisa que me olhasse torto...



Olhar Novo, Mundo Velho


Como lançar um olhar novo sobre um mundo velho que permanece caótico?

Não espere que Deus resolva, não espere que o diabo te vingue! Enquanto você fica parado o mundo avança, rotulado, sem esperança, nas mãos da ignorância. Depois culpam a natureza por ser covarde. Mas se ela vem é para corrigir. E se você, que tem forças para parar a mão humana não o faz, de que força sobrenatural quer tirar energia para tentar parar a mão da natureza?

Deus e o Diabo não interferem no mundo se não forem procurados pelos homens a fazerem isto. Já a natureza, bem, a natureza tem suas leis. A natureza ajuda a reger o mundo e, quando ela chega a interferir, interfere de forma impetuosa. Aí sim só poderemos observar e esperar que alguma ordem reine novamente!




sexta-feira, 28 de maio de 2010

E assim dizia Sade... (2)




"Tudo é bom quando é excessivo."

Illuminati




Um olho para a maldade;
Um olho para a bondade;
Um olho para a verdade;
Um olho para a surrealidade;
Um olho para o mundo;
Um olho para o submundo;
Um olho para a percepção;
Um olho para a imaginação;
Um olho para o que é divino;
Um olho para o que é diabólico;
Um olho para o exterior;
Um olho para o interior;
Um olho aberto;
Um olho fechado;
Um olho!

Os mistérios de Caim


"Assim como perdoarás setenta vezes sete, também vingarás setenta vezes sete?"





Ao tentar fazer uma análise do que seria o perdão no sentido bíblico, encontrei um imenso buraco, e ampliaram-se ainda mais minhas dúvidas do que seria, pois se Deus, mesmo após dizer que devemos perdoar não só sete vezes, mas até setenta vezes sete nossos irmãos, então porque Ele diz em outra passagem que quem matasse Caim sobre ele cairia sete vezes a vingança? Seria uma contradição de Deus ou uma má interpretação do homem?

Eis o texto:

Então disse Caim ao Senhor: “É maior a minha maldade que a que possa ser perdoada. Eis que hoje me lanças da face da terra, e da tua face me esconderei; e serei fugitivo e vagabundo na terra, e será que todo aquele que me achar, me matará?

O Senhor , porém, disse-lhe: Portanto qualquer que matar a Caim, sete vezes será castigado. E pôs o Senhor um sinal em Caim, para que o não ferisse qualquer que o achasse.

(Gênesis 4:13-15)

Teria ele amaldiçoado qualquer um que viesse a tocar em Caim assim como baniu Caim por matar seu próprio irmão? isto não poderia ser considerado uma “vingança” contra quem ousasse ir contra suas regras? Quem ama se vinga ou guarda rancor? Creio que não.

Eis o texto contraditório:

Então Pedro, aproximando-se Dele, disse: “Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?”

Jesus lhe disse: “Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete. Por isso o reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com seus servos; E, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos; E não tendo com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a divida se lhe pagasse. Então aquele servo, prostando-se, o reverenciava, dizendo: “Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Então o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem dinheiros, e, lançando mão dele, sufocava-o dizendo: “Paga-me o que me deves”. Então o seu companheiro, prostando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: “Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei”. Ele porém, não quis, antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito, e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara. Então o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe:” Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?”. E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoares, cada um a seu irmão, as suas ofensas.

(Mateus 18: 21-35)

Ora, se Deus enviou Jesus à terra com os mesmos ensinamentos, porque ele estaria se contradizendo? Então, Caim não foi digno de perdão nem uma vez e, quem o matasse não seria digno do perdão nem sete vezes. Se deveríamos ser na terra o que o criador é no céu, como poderíamos perdoar setenta vezes sete, se houve tempo em que ele não perdoou vez alguma quando baniu Caim e o condenou à terra de Node? Um Deus de amor não faria isso. Então seria essa mais uma das péssimas interpretações bíblicas?


Outra visão

Segundo algumas outras interpretações, Caim teria habitado a terra de Node por muito tempo, onde ali “conheceu” (leia-se: coabitou) sua esposa que o teria ensinado o caminho das peripécias mundanas. Nota-se também que, na terra de Node, era até então inabitada, sendo considerada por muitos a terra das trevas ao Norte do Éden. Sendo assim, qual outra forma teria Caim encontrado uma esposa se não fosse a levando para aquele lugar? Sabendo que na terra só havia um casal, Adão e Eva, e que Caim era descendente dos dois, e que também todos os outros que ali habitavam eram filhos de Adão e Eva, sendo assim, Caim teria levado uma de suas irmãs? Estaria Deus promovendo o que hoje chamaríamos de incesto? E se Deus condenou Caim as trevas, sendo este considerado o primeiro vampiro a habitar o mundo, porque ele deixaria que Caim perpetuasse a sua espécie? Fato é que filhos nasceram dessa união fraternal e deram origem a novas terras e a novos discípulos de Caim. Como veremos no trecho bíblico a seguir:

Assim diz a bíblia:

E saiu Caim de diante da face do Senhor, e habitou na terra de Node, do lado oriental do Éden. E conheceu Caim a sua mulher, e ela concebeu, e deu à luz a Enoque; e ele edificou uma cidade, e chamou o nome da cidade conforme o nome de seu filho Enoque; E a Enoque nasceu Irade, e Irade gerou a Meujael, e Meujael gerou a Metusael, e Metusael gerou Lameque.

E tomou Lameque para si duas mulheres; o nome de uma era Ada, e o nome da outra, Zilá. E Ada deu à luz a Jabal; este foi o pai dos que habitam em tendas e têm gado. E o nome do seu irmão era Jubal; este foi o pai de todos os que tocam harpa e órgão. E Zilá também deu à luz a Tubalcaim, mestre de toda a obra de cobre e ferro; e a irmã de Tubalcaim foi Noema.

E disse Lameque a suas mulheres Ada e Zilá: “Ouvi a minha voz; vós, mulheres de Lameque, escutai as minhas palavras; porque eu matei um homem por me ferir, e um jovem por me pisar. Porque sete vezes Caim será castigado; mas Lameque setenta vezes sete.”

(Gênesis 4: 16-24)

Segundo as profecias, Lameque, que era cego, sempre era guiado por seu filho mais novo durante a caça. Num desses dias de caça, o filho mais novo de Lameque avistou um ser que em tudo parecia um humano, porém, o que lhe contrastava eram dois chifres que carregava na testa. Ao comentar com o pai que o animal em quem ele havia atirado a flecha, mais se parecia com um homem do que com um animal, Lameque logo soube que havia matado seu ancestral, Caim, fazendo cumprir assim o castigo que Deus havia lançado sobre ele. Lameque, num ato de desespero, acabou matando também o filho mais novo. Quando suas esposas descobriram da maldição que acompanharia as gerações de Caim quiserem se afastar de Lameque, ao que ele argumentou:

- Ora, se sobre Caim, que cometeu um assassinato premeditado, pesou-lhe a pena de ser punido na sétima geração, eu, que cometi um assassinato sem intenção alguma poderei esperar a sentença setenta e sete gerações depois.

Depois, Lameque foi pedir o julgamento de Adão, que foi a favor de Lameque.

Seria essa mais uma prova de que Deus nos permite sempre o livre arbítrio e que, talvez seguir-lo não nos levaria para tão longe do que seria o Éden na interpretação de alguns e para tão perto do que seriam as trevas na vaga opinião de outros? Qual seria o verdadeiro significado de trevas? Mais uma vez Deus teria permitido que entre os seres caminhassem espécies como as gerações de Caim, condenando à própria terra aos pecados destes discípulos? O fato é que, se Caim foi o primeiro vampiro a habitar a terra, hoje ele não vive mais, e ele nem sempre foi uma criatura perversa. E suas gerações também não são eternas como se acredita, mas seriam elas a vingança de Deus contra os pecados dos homens?

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Estrelas...


"Quando sinto uma terrível necessidade de religião, saio à noite para pintar as estrelas."
(Van Gogh)

Arte Moderna...



Sejamos nós, o povo,
A pintura mais bela,
As nossas etnias
Serão a aquarela
E o nosso corpo,
A tela.

(Ana Sativa)

E assim dizia Sade... (1)


"...e que nada nem ninguém é mais importante do que nós próprios. E não devemos negar-nos nenhum prazer, nenhuma experiência, nenhuma satisfação, desculpando-nos com a moral, a religião ou os costumes."

E assim dizia Sade...




"Todo o universo poderia ser conduzido por uma única lei, se essa lei fosse boa."

A arte da carnificação (série TABU)


Tanto como forma de expressão cultural quanto religiosa, as tatuagens ainda são consideradas por muitos um ato de selvageria contra o próprio corpo, fazendo com que alguns cheguem até a discriminar as pessoas que carregam esta arte milenar na pele. O que as pessoas não entendem é que este é um costume que vem acompanhando a sociedade desde os séculos passados. Segundo alguns estudos, os homens das cavernas já usavam esta técnica como forma de marcar os momentos da vida de cada indivíduo. Para eles, a tatuagem representava mais que um simples símbolo no corpo. Essa técnica era ligada à coragem, à união do mundo real com o mundo sobrenatural, o registro de fatos ocorridos na vida de cada um, enfim, todos os desenhos marcados no corpo tinham um significado para a pessoa que o possuía.

Que é preciso coragem para se fazer uma tatuagem, ninguém duvida. O fato que alguns desconhecem é que encontramos parte desta coragem quando realmente acreditamos que este símbolo que iremos anexar ao nosso corpo representa algo supremamente significante para nós e para nossas vidas. Por isso não devemos fazer coisas fúteis ou que desejaremos apagar mais tarde, pois apesar de hoje já se existir uma forma de apagar alguns tipos de tatuagens, sempre restará alguma marca que nos lembrará que ela existiu.

Uma das técnicas mais condenáveis pelos cirurgiões por se tratar de uma ferida exposta, que pode acarretar em uma *necrose, é a arte da *carnificação. Nesta, as tatuagens são feitas retirando partes da pele, deixando algumas partes do corpo em carne viva para que se torne mais tarde uma cicatriz que formará todo o desenho. Absurdo? Pode ser, mas cada um sabe de seus limites. E que o resultado final fica lindo, ah, se fica! Observem as fotos>>>















Segundo termos médicos:

*Carnificação: alteração patológica dos tecidos que adquirem aspecto e consistência de carne.

*Necrose: é a manifestação final de uma célula que sofreu lesões irreversíveis. Segundo Guidugli-Neto (1997), o conceito de morte somática envolve a “parada definitiva das funções orgânicas e dos processos reversíveis do metabolismo.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

As Faces do Mundo


Faces do subúrbio
Faces do submundo
Faces de um crime
Terror não se reprime

Faces da inveja
Faces da tragédia
Faces da guerra civil
Mais um avião caiu

Faces de Deus
Faces dos filhos seus
Contravenção, religião
Caindo em contradição

Faces da mentira
Política e guerrilha
Faces de um caminho
Onde o império vai caindo

Faces da morte
Não te a ver com a sorte
É a ordem natural
Pra tudo voltar ao normal.



O pior defeito do ser humano...

é nem sempre ser humano!!!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Vampirismo de sangue (o tabu)


Rotulados pela mídia, os vampiros de sangue se tornaram seres lendários e renegados pela sociedade. O vampirismo de sangue acaba se tornando um tabu pelo fato de estar, na maioria dos casos, erroneamente relacionado a sacrifícios humanos involuntários na busca insaciável destes seres enigmáticos por sangue. O que acontece nos dias atuais é a extrema necessidade que alguns seres têm de retomar sua energia e vitalidade através do sangue humano, que pode ser conseguido muitas vezes de forma voluntária, por meio de doações. Nem sempre é um desejo real, muitas vezes as pessoas criam um fetiche em torno de tudo o que esteja envolvido a estes atos lendários fazendo com que as mesmas saiam em busca de sangue humano só para satisfazer uma curiosidade incontida. No desejo real, o ser só consegue satisfazer seu eu interior, repor suas energias e conseguir os proventos necessários à sua sobrevivência saciando o seu desejo espontâneo por sangue humano. Cabe lembrar que o vampirismo de sangue não é muito incentivado pelos verdadeiros perpetuadores, de forma a tentar desmistificar a existência destes seres, os mesmos acabam se utilizando do vampirismo astral para conseguir as energias necessárias a sua sobrevivência.

As faces do vampirismo real/astral


Pouco se fala sobre o real vampirismo e o que tal espiritualidade pode trazer de proveitosa. Nem todos podem ter o autocontrole sobre tudo o que aprende com o passar dos ensinamentos, então nem tudo deve ser ensinado. Sugar a energia de um ser humano nada mais é do que se aproveitar de toda a jovialidade que este ser possa ter, tanto por meio de tarefas físicas quanto por meio do contato visual ou do contato físico. Alguns seguidores acreditam que essa energia possa ser absorvida enquanto trocamos conhecimentos ou encaramos as pessoas de forma sinuosa fazendo com que ela se esforce ao máximo para corresponder ao que seja aquele olhar lançado, assim sua energia automaticamente se transfere para nossos corpos nos deixando mais fortes e vitais enquanto esta se torna enfraquecida e indisposta. Segundo Karl Max esta suposta troca de energia já existia e se perpetuara nos campos de exploração da mão de obra humana, ou seja, no seu próprio trabalho pode acontecer isso por obra involuntária do outro ser, é o que defende certo autor quando cita as próprias palavras de Karl em sua obra:

“O capital é trabalho morto que, como um vampiro, vive somente de sugar o trabalho vivo e quanto mais vive mais trabalho suga (...) o prolongamento do dia de trabalho além dos limites do dia natural, pela noite, serve apenas como paliativo. Mas sacia a sede do vampiro por trabalho vivo (...) o contrato pelo qual o trabalhador vendeu ao capitalismo sua força de trabalho prova preto no branco, por assim dizer, de que dispôs livremente de si mesmo. Concluído o negócio, descobre-se que ele não era um “agente livre”, que o momento no qual vendeu sua força de trabalho foi o momento no qual foi forçado a vendê-la que de fato o vampiro não largará à presa “enquanto houver um músculo, um nervo, uma gota de sangue a ser explorada” (citação de um texto de 1845 de Friedrich Engels)”

Isso nos leva a compreender o vampirismo real como uma forma de se aproveitar da força e da vitalidade do outro nos poupando de tal trabalho ou maiores preocupações. Isto fará com que envelheçamos mais tarde do que estas pobres vítimas. Isso também acontece no vampirismo astral, no qual sugamos toda a energia astral (obviamente) de uma pessoa apenas com um toque ou com um olhar penetrante e indecifrável aos olhos da mesma. Esta pessoa dificilmente saberá que está sendo vítima de um vampiro astral, pois o máximo que poderá acontecer com ela é uma falta de força de vontade e uma tristeza repentina. Os efeitos acometidos a uma “vítima” de um vampiro astral talvez só possa ser sentido pela mesma ao longo dos dias procedentes, nos quais a pessoa poderá sofrer de algo parecido com uma depressão imensurável podendo levá-la a um suicídio ou a uma crise existencial irreversível.

O Obscuro Vampirismo



Primeiro vamos ao significado contido nos dicionários:

s. m.
1. Crença nos vampiros.
2. Estragos dos vampiros.
3. Fig. Avidez daqueles que se enriquecem com os bens de outrem.

Agora: Ponto de vista, o meu!

Considerado por muitos um mito, o vampirismo vem sofrendo distorções ao longo de todos estes tempos. O que deveria ser encarado como uma forma de espiritualidade e filosofia de vida acaba, por intermédio da mídia e de seus ludibriados seguidores, se tornando um conceito lendário vasto de efeitos especiais e dramatizações sensacionalistas que, por muitas vezes, acabam servindo de tormenta para seus verdadeiros perpetuadores.
É comum que se busque conhecimentos acerca deste assunto buscando em livros, sites e se inspirando em filmes, porém, na maioria das vezes estes conhecimentos, sendo mais uma das obras humanas, estarão manipulados a fim de apresentar uma verdade que satisfaça a busca humana pelo desconhecido bizarro. E como diria Marquês de Sade:
“Nunca devemos admitir como causa daquilo que desconhecemos algo que conhecemos menos ainda!”
A meu ver, tudo o que provêm do homem é usado por ele em benefício próprio, sempre! Portanto, tudo o que buscamos conhecer melhor devemos buscar primeiro conhecer dentro de nós mesmos. Desvendar nossos próprios mistérios, nossas próprias visões, nossas próprias percepções do que seja em contradição com o que o mundo diz ser. Só conheceremos a verdade quando pararmos de buscá-la em meio a toda essa vã filosofia mundana, de leis e regras ditadas pelo próprio ser humano. Quando deixarmos de procurar algo que as mentes humanas imaginam desafiando a lógica e a razão, aí sim veremos que tudo estava à nossa frente o tempo todo e que, se deixamos de enxergar foi pelo fato de estarmos esperando por algo que nunca existirá. Assim caminha o verdadeiro vampirismo e as pessoas que o segue, longe da mistificação e dos efeitos visuais que toda a mídia promove.
Sendo assim, podemos perceber que as coisas nem sempre são o que parecem ser e que, nem tudo que dizem ser é o que é. Devemos sempre estar atentos, aguçar nossos sentidos se quisermos descobrir o que se passa além da verdade humana.
Não estamos aqui para sermos aceitos pela sociedade. Não estamos aqui para seguir tendências. Não temos culpa da falha que é a humanidade e não temos obrigação nenhuma de perpetuá-la. Sim, pode ser um fato obscuro! E é assim considerado até hoje por força maior de uma Santa Inquisição de homens sombras, ou por conveniência ou por comodidade dos que querem que assim seja.
Poucos verão a verdade, menor ainda será o número dos que a aceitarão. Talvez por isso não seja ela totalmente revelada. Obscura por natureza, se um dia vier à tona poderá perder o significado de subcultura e o controle estará desfeito para sempre. Se o bem e o mal existem e dividem espaço até hoje, então talvez seja a hora de percebermos que o submundo foi feito para ser submundo, simplesmente, em tudo o que se diz respeito. Isto é fato, e fatos não se mudam.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Anjo caído...




Ando lutando contra meus próprios demônios. E, nesta luta, vejo duas possibilidades. A primeira é que esta guerra poderá nunca ter fim. A segunda é que talvez um dia eles me convençam. De qualquer forma vejo minhas asas caindo, despencando como as folhas nas chuvas de outono. No fim sei que, no apogeu ou na ruína, sempre serei um anjo caído.

Confesso que tenho um anjo!




Confesso que este anjo é alado,
nem sempre faz tudo errado,
é meio de lua,
gosta da verdade nua e crua,
de andar na rua escura,
de valorizar a cultura pura,
nem sempre pensa como eu,
nem sempre é ateu,
nem sempre tem religião,
seu templo é o seu coração.

Confesso que tenho um anjo que me escuta,
que pede que eu vença, que eu vá a luta,
que nem sempre tem a solução,
mas que me mostra que nesse mundo todo mundo tem salvação!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Aurora Spencer



a menina mulher...
a succubus...
a estranha...
a que sente...
a que vê...
a que busca...
a que se encontra quando se perde...
a que se cura através da dor...
a que não se compreende...
a que tenta entender...
e, principalmente, aquela que nunca será decifrada.

Essência




A pessoa escreve ou fala de tudo aquilo que a alma está cheia. É o que nos dá asas. Então considero o blog uma das faces expostas da alma do blogueiro. Sendo assim, cheguei a conclusão de que não estaria sendo totalmente fiel à minha alma se não falasse de tudo o que penso e sinto. Por isso, a partir de hoje, eu apresento à vocês a saga de Aurora Spencer que postarei aos poucos. Descobriremos juntos, desvendaremos juntos, mas não veremos o final. Isto porque tudo o que vêm dela vai além, assim como tudo que a cerca. Acompanhem...

Isso não é o que parece




Vejo as imagens refletidas no espelho do banheiro. Nada consegue ser tão fiel à nós mesmos, nem mesmo nossos sentidos.

Pelo quê você luta? Até aonde vai sua braveza? Neste mundo somos tanto filhos de Deus quanto da mãe natureza. É quando você descobre que só viver não basta; que observar é injusto demais e que suas atitudes podem ser nefastas. Até que ponto posso chegar? Em que ponto isso começa a me incomodar? É triste só observar! É minha alma tentando se libertar! Parece que o espelho vai quebrar deixando meu grito ecoar. Até que ponto posso agüentar?

Muitos sorrisos largos, banais, acidentais. Essas vozes me pedem paz. Horas se cansam de toda essa calmaria. Em pleno século 21 e tudo segue à moda antiga. Devo atingir ou recuar? No que posso acreditar? Se essa bomba estourar não quero estar neste lugar. Se minha própria mente, mente, me engana, me enlouquece. Nem toda reza vira prece e isso não é o que parece. Veja bem, as coisas parecem continuar no seu devido lugar, mas o mundo gira e aí é que tá, se o mundo não fica no seu devido lugar o que mais pode ficar? Sua mente também mente, é isso que eu quero te mostrar! Esse é o percurso natural do mundo. O ser humano pensa que pensa, tem certeza que sabe de tudo! Mas se a vida muda a órbita qualquer um fica inseguro.

Não é pra ser uma rima, mas nem toda regra segue a risca. Assim como eu tentando seguir em frente, tentando acreditar que é tudo coisa da minha mente, do meu cérebro sequelado como um dia ouvi dizer, tenho que me libertar do que tenta me prender.

Não sei se faço sentindo ou como o mundo hoje me vê. Viver pra quê? Morrer pra quê? E no meio eu fiz o quê? Será que eu desempenhei o meu papel ou só deixei mato crescer? Hoje eu só queria renascer, reinar, reviver, sentir a paz e calar todas essas vozes que querem me enlouquecer.

Sempre em movimento




Eu me sinto cheia de coisas
E estes sentimentos estão me matando por dentro
São coisas sem nexo, não vejo meu reflexo
Olhe, a lua está cheia... mas de quê?

As pessoas falam coisas;
parecem ser coisas sem sentido
e eu fico me perguntando
o que elas estão querendo dizer?

Eu vou fundo, sinto presenças
eles estão por toda parte
mesmo não podendo ver sei que eles vão permanecer
enquanto quiserem

Vejo a rua escura, árvores à minha volta, alguém se esconde
no horizonte essa pista que me leva não sei pra onde...

As placas me mandam parar, mas eu estou correndo
não posso me deter
em movimento, sempre em movimento

Sinto o vento espalhando meus cabelos molhados
estão caídos no meu rosto e eles chegam a me cortar
Uma luz vermelha, meu sangue nos olhos ou um sinal de alerta?
Porque ainda me sinto tão bem mesmo estando tão mal?!

E eu não quero ser essa pessoa que se conforma,
mas sei que verei tudo se repetindo,
é, o mundo dá voltas,
mas nessas tantas voltas que ele dá
ele um dia ou outro acaba parando no mesmo lugar.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Tormentas...




Nada me intriga tanto quanto a mente humana...
Nada me atormenta tanto quanto meus pensamentos...

Anjo Caído...




Assino o mea culpa...
Posso até ser um anjo caído,
Mas ao meu ver não sou eu...
E sim o mundo que está perdido!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Sobre ser conformista...

O pensamento conformista é pior do que uma prisão. Na prisão temos grades à nossa volta, que nos servem de empecilho à nossa coragem. Já no pensamento conformista temos como nosso pior inimigo nós mesmos e as únicas grades que nos cercam são as nossas fraquezas, e não existe coisa pior no mundo do que o sentimento de fraqueza e inferioridade.

Incômodo remédio da alma




Hoje minha alma chorou, senti a dor no meu peito e vejo tudo se repetir novamente. E eu preciso da cura, busco uma solução rápida, meu próprio coração me pede isso. Tenho algo em mãos e talvez isto seja minha única alternativa. E eu começo. A cada linha traçada vejo as gotas de sangue brotarem tímidas, depois as vejo percorrerem meus braços. O contraste do rubro com o branco é intenso, significante. De repente percebo toda a dor que eu sentia no peito se transferir para esta linha. Sinto arder. Vejo o refluxo que responde a cada nova tentativa. Cada gota um sentimento vazio que deixo vazar e jogo para fora do meu corpo. E eu sei que não poderei usar sempre este remédio que me liberta desses sentimentos ruins, mas por hora prefiro mergulhar na imensidão deste mar vermelho que não me sufoca mais. A dor se transforma e eu me reconforto. As lágrimas cessam. Sim, estou pronta para encarar novamente o mundo lá fora. Que estranha forma de prazer... que estranho sentimento de liberdade... amor... estranha dor...

Verso e prosa...

Não sei se é prosa,
Não sei se é verso.
Só sei que é meu mundo
No seu universo!

As horas...

Os relógios que usava antes me mostravam a quase infinita quantidade de horas que eu poderia gastar, hoje qualquer relógio que eu venha a colocar no pulso só me servirá para cronometrar as horas que me restam.

Vermelho Bordô




Porque te gosto tanto, vermelho?
Porque só tu consegues secar meu pranto?
Quanto mais rubro, mais me vislumbro,
Mais me transporto para esse submundo.
Vermelho bordô;
Vermelho da flor;
Vermelho no espinho que me furou.
Vermelho nas unhas;
Vermelho da paixão;
Vermelho no seu corpo depois do arranhão.
Vermelho meu que o coração semeia
Por meio da correnteza viva em minha veia.
Vermelho no meu pulso
Que depois de um impulso
deixa jorrar o vermelho no chão
Revelando toda a minha frustração.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Lírios Vermelhos da Aranha






O perfume da morte
A beleza escaldante
A certeza do fim
de um passado excitante
O vermelho, o desafio
Minha vida por um fio
Seja meu manto, belo lírio
Espalhe seu perfume durante meu exílio.

Lírios da Noite




São 3 horas da madrugada, a porta está aberta. Ela atravessa seu caminho deixando o passado do outro lado. O silêncio diz muito, o vento parece travar uma batalha contra ela. O frio a tortura e ela sente seus próprios fios de cabelo se tornarem chicotes que corta e queimam sua face. Ela reluta contra sua própria fraqueza. Quer continuar. Gotas de sangue brotam de seu rosto. Não existe medo, naquele momento e só ela, a rua escura, a lua e o vento. Mais alguns passos e ela se depara com a flor que a levou para aquela loucura.

- Como é bela! - Ela diz entre suspiros.

Ela se ajoelha para contemplar a flor, um lírio específico. A mata se movimenta, parece ter vida própria e, por seu exotismo, intriga. Ela se sente obcecada por isso. Quer um pouco mais. O que ela não sabe é que, seguindo por este caminho, ou encontrará tudo ou não terá mais nada. O Lírio tenta impedir que ela prossiga.

- Eu já lhe mostrei o suficiente! Volte!

Mas ela parece fascinada com o que vê, continua seguindo em frente. Seduzida e tomada por todo aquele desejo ela se diz impressionada por toda aquela beleza.

- A beleza está no que você enxerga, está em seus olhos! - O Lírio tenta alertá-la.

- E o que vejo é lindo!

Ela já não se contém e o Lírio decide não mais intervir no destino dela. Deixa-a continuar. Ela adentra a mata seguindo as trilhas dos lírios. Novamente a mata em movimento, parece dançar para ela. Os lírios se sentem tão envaidecidos que acabam mostrando sua verdadeira face.

- São eles! - retruca o vento - São os fascinantes lírios da aranha vermelha. Estão te levando para um caminho sem volta!

A moça transfigura-se. Seu semblante, que antes demonstrava uma paz profunda, agora espelha a incerteza; a frustração; o terror e o caos presentes no seu interior. Mesmo assim ela prossegue e, ao fim da linha do horizonte a moça desaparece.

O vento volta a soprar forte, o Lírio volta a perfumar. Ambos agora contam a história do curioso caso da garota que entrou na mata para nunca mais voltar.

Presa à um pesadelo...

Minhas pernas estão inquietas, eu descobri que não mando inteiramente nelas. Estou andando de um lado pro outro, e sei que isso deve ser mais um transtorno da mente. O mundo às vezes parece pequeno e em outras horas se confunde com o universo, com suas chamas intergalácticas. Posso amanhecer triste e dormir alegre. Posso amanhecer eufórica e ver tudo perder o sentido do dia pra noite. Posso sentir tudo isso e não absorver nada disso ou posso tentar entender o que essas sensações estão querendo dizer. Eu sei que parecem vozes de um pesadelo onde estou presa e não posso sair. Posso tentar correr. Posso descobrir que a saída estava ao lado. É uma metamorfose de faces, de sentimentos. Chego ao meu ápice, alcanço o meu céu; depois desço tão depressa que o inferno não é o limite. Posso atingir alguém durante a queda. Posso guardar isso pra mim ou posso incomodar e me fazer ser ouvida. Posso deixar pra lá, tem coisas que não se pode mudar. No fim descubro que sou meu próprio pesadelo, que despertar de mim mesma seria dar fim nessas sensações. E isso eu só conseguiria com a morte, mas ela não faria sentido, pois, como posso aceitar passar por tudo isso e, no fim de tudo, quando tenho a chance de estar cercada por rosas, saber que não estarei ali de alma para poder sentir o cheiro delas?!