She's lost control

terça-feira, 25 de maio de 2010

Vampirismo de sangue (o tabu)


Rotulados pela mídia, os vampiros de sangue se tornaram seres lendários e renegados pela sociedade. O vampirismo de sangue acaba se tornando um tabu pelo fato de estar, na maioria dos casos, erroneamente relacionado a sacrifícios humanos involuntários na busca insaciável destes seres enigmáticos por sangue. O que acontece nos dias atuais é a extrema necessidade que alguns seres têm de retomar sua energia e vitalidade através do sangue humano, que pode ser conseguido muitas vezes de forma voluntária, por meio de doações. Nem sempre é um desejo real, muitas vezes as pessoas criam um fetiche em torno de tudo o que esteja envolvido a estes atos lendários fazendo com que as mesmas saiam em busca de sangue humano só para satisfazer uma curiosidade incontida. No desejo real, o ser só consegue satisfazer seu eu interior, repor suas energias e conseguir os proventos necessários à sua sobrevivência saciando o seu desejo espontâneo por sangue humano. Cabe lembrar que o vampirismo de sangue não é muito incentivado pelos verdadeiros perpetuadores, de forma a tentar desmistificar a existência destes seres, os mesmos acabam se utilizando do vampirismo astral para conseguir as energias necessárias a sua sobrevivência.

As faces do vampirismo real/astral


Pouco se fala sobre o real vampirismo e o que tal espiritualidade pode trazer de proveitosa. Nem todos podem ter o autocontrole sobre tudo o que aprende com o passar dos ensinamentos, então nem tudo deve ser ensinado. Sugar a energia de um ser humano nada mais é do que se aproveitar de toda a jovialidade que este ser possa ter, tanto por meio de tarefas físicas quanto por meio do contato visual ou do contato físico. Alguns seguidores acreditam que essa energia possa ser absorvida enquanto trocamos conhecimentos ou encaramos as pessoas de forma sinuosa fazendo com que ela se esforce ao máximo para corresponder ao que seja aquele olhar lançado, assim sua energia automaticamente se transfere para nossos corpos nos deixando mais fortes e vitais enquanto esta se torna enfraquecida e indisposta. Segundo Karl Max esta suposta troca de energia já existia e se perpetuara nos campos de exploração da mão de obra humana, ou seja, no seu próprio trabalho pode acontecer isso por obra involuntária do outro ser, é o que defende certo autor quando cita as próprias palavras de Karl em sua obra:

“O capital é trabalho morto que, como um vampiro, vive somente de sugar o trabalho vivo e quanto mais vive mais trabalho suga (...) o prolongamento do dia de trabalho além dos limites do dia natural, pela noite, serve apenas como paliativo. Mas sacia a sede do vampiro por trabalho vivo (...) o contrato pelo qual o trabalhador vendeu ao capitalismo sua força de trabalho prova preto no branco, por assim dizer, de que dispôs livremente de si mesmo. Concluído o negócio, descobre-se que ele não era um “agente livre”, que o momento no qual vendeu sua força de trabalho foi o momento no qual foi forçado a vendê-la que de fato o vampiro não largará à presa “enquanto houver um músculo, um nervo, uma gota de sangue a ser explorada” (citação de um texto de 1845 de Friedrich Engels)”

Isso nos leva a compreender o vampirismo real como uma forma de se aproveitar da força e da vitalidade do outro nos poupando de tal trabalho ou maiores preocupações. Isto fará com que envelheçamos mais tarde do que estas pobres vítimas. Isso também acontece no vampirismo astral, no qual sugamos toda a energia astral (obviamente) de uma pessoa apenas com um toque ou com um olhar penetrante e indecifrável aos olhos da mesma. Esta pessoa dificilmente saberá que está sendo vítima de um vampiro astral, pois o máximo que poderá acontecer com ela é uma falta de força de vontade e uma tristeza repentina. Os efeitos acometidos a uma “vítima” de um vampiro astral talvez só possa ser sentido pela mesma ao longo dos dias procedentes, nos quais a pessoa poderá sofrer de algo parecido com uma depressão imensurável podendo levá-la a um suicídio ou a uma crise existencial irreversível.

O Obscuro Vampirismo



Primeiro vamos ao significado contido nos dicionários:

s. m.
1. Crença nos vampiros.
2. Estragos dos vampiros.
3. Fig. Avidez daqueles que se enriquecem com os bens de outrem.

Agora: Ponto de vista, o meu!

Considerado por muitos um mito, o vampirismo vem sofrendo distorções ao longo de todos estes tempos. O que deveria ser encarado como uma forma de espiritualidade e filosofia de vida acaba, por intermédio da mídia e de seus ludibriados seguidores, se tornando um conceito lendário vasto de efeitos especiais e dramatizações sensacionalistas que, por muitas vezes, acabam servindo de tormenta para seus verdadeiros perpetuadores.
É comum que se busque conhecimentos acerca deste assunto buscando em livros, sites e se inspirando em filmes, porém, na maioria das vezes estes conhecimentos, sendo mais uma das obras humanas, estarão manipulados a fim de apresentar uma verdade que satisfaça a busca humana pelo desconhecido bizarro. E como diria Marquês de Sade:
“Nunca devemos admitir como causa daquilo que desconhecemos algo que conhecemos menos ainda!”
A meu ver, tudo o que provêm do homem é usado por ele em benefício próprio, sempre! Portanto, tudo o que buscamos conhecer melhor devemos buscar primeiro conhecer dentro de nós mesmos. Desvendar nossos próprios mistérios, nossas próprias visões, nossas próprias percepções do que seja em contradição com o que o mundo diz ser. Só conheceremos a verdade quando pararmos de buscá-la em meio a toda essa vã filosofia mundana, de leis e regras ditadas pelo próprio ser humano. Quando deixarmos de procurar algo que as mentes humanas imaginam desafiando a lógica e a razão, aí sim veremos que tudo estava à nossa frente o tempo todo e que, se deixamos de enxergar foi pelo fato de estarmos esperando por algo que nunca existirá. Assim caminha o verdadeiro vampirismo e as pessoas que o segue, longe da mistificação e dos efeitos visuais que toda a mídia promove.
Sendo assim, podemos perceber que as coisas nem sempre são o que parecem ser e que, nem tudo que dizem ser é o que é. Devemos sempre estar atentos, aguçar nossos sentidos se quisermos descobrir o que se passa além da verdade humana.
Não estamos aqui para sermos aceitos pela sociedade. Não estamos aqui para seguir tendências. Não temos culpa da falha que é a humanidade e não temos obrigação nenhuma de perpetuá-la. Sim, pode ser um fato obscuro! E é assim considerado até hoje por força maior de uma Santa Inquisição de homens sombras, ou por conveniência ou por comodidade dos que querem que assim seja.
Poucos verão a verdade, menor ainda será o número dos que a aceitarão. Talvez por isso não seja ela totalmente revelada. Obscura por natureza, se um dia vier à tona poderá perder o significado de subcultura e o controle estará desfeito para sempre. Se o bem e o mal existem e dividem espaço até hoje, então talvez seja a hora de percebermos que o submundo foi feito para ser submundo, simplesmente, em tudo o que se diz respeito. Isto é fato, e fatos não se mudam.