She's lost control

terça-feira, 20 de julho de 2010

Holocausto Urbano

Anos após uma das piores tragédias do mundo ter “chegado ao fim”, continuamos a conviver e aceitar que a divisão de culturas por grupos racistas atormentem e impeçam o desenvolvimento do que realmente poderíamos chamar de convívio social. Estamos vivenciando, nos dias atuais, a forma mais grotesca e descarada de um sistema rude que difunde nos meios intelectuais um verdadeiro apartheid racional e cultural, agindo como tapa olhos numa sociedade que infelizmente está acostumada a engolir todo e qualquer tipo de informação proliferada pelos meios de comunicação, que utilizam seu poder de divulgação para manipular e atrofiar as cabecinhas ingênuas fazendo-as acreditar em todos os seus sensacionalismos baratos. Vivemos no meio de um holocausto urbano e, até agora, só quem sofre as conseqüências dessa guerra mascarada é o cidadão comum que só tem parte nesta história quando se trata das tragédias involuntárias sofridas por seus descendentes e por ele próprio. Tudo isso em nome de quê? Tantos fatos maquiados, tantas políticas inválidas, tantos atos maquiavélicos, tantas mortes ainda em prol de uma tal religião da qual só os integrantes principais podem regozijar no final. Uma verdadeira guerra em nome do Pai Poder, da Mãe Ganância e de um Espírito de Porco! Fácil é perceber que existe uma tragédia em constante evolução, fácil é ver o povo (que não pertence ao famoso topo) levar a culpa por tudo isso, mas quase ninguém é capaz de enxergar e condenar os verdadeiros culpados, pois, ajudados pela manipulação da mídia, que consegue maquiar a verdade e sabotar a capacidade de raciocínio e questionamento de tantas pessoas, acabam se transformando de verdadeiros lobos para adoráveis cordeirinhos saltitantes de seus mundinhos encantados. Vestidos nos seus ternos e acobertados por gestos simplórios e aparentemente agraciáveis, continuam assassinando milhões usando apenas o poder de uma caneta. Devemos, enfim, nos perguntar: Para onde estamos desviando nossos esforços (nós que representamos uma cultura anti-sistema) quando deveríamos estar, certos do poder de difusão e divulgação que temos, alertando todo o povo contra estes atos sanguinários e impetuosos destes verdadeiros bandidos imprudentes e imorais? Onde estamos depositando todas as nossas forças se ainda não estamos conseguindo chegar a um sentido único que deveria ser o de acabar com todos estes movimentos partidários e empresariais que só servem para assolar e calar tantas vozes desesperadas, tantos gritos sofridos? Que este seja sempre o nosso objetivo: cortar as raízes de toda essa legião de usurpadores, trazendo assim um novo alvorecer para estes povos acuados e oprimidos por todo este sistema ultrapassado. Um basta ao holocausto urbano!